Ethernet
ETHERNET
Um
dos principais saltos tecnológicos que permitiram a popularização das
redes foi o desenvolvimento da tecnologia ethernet. Para se ter uma
idéia do avanço que essa invenção representou, basta lembrar que, até
aquela época, os computadores não compartilhavam um cabo comum de
conexão. Cada estação era ligada a outra numa distancia não superior a
2 metros. O pai da Ethernet é Robert Metcalfe, um dos gênios produzidos
pelo MIT e por Harvard e fundador da 3Com.
Metcalfe
era um dos pesquisadores do laboratório Parc, que a Xerox mantém até
hoje em Palo Alto, na Califórnia. Em 1972, ele recebeu a missão de
criar um sistema que permitisse a conexão das estações Xerox Alto entre
si e com os servidores. A idéia era que todos os pesquisadores do Parc
pudessem compartilhar as recém-desenvolvidas impressoras a laser.
Uma
das lendas a respeito da criação da Ethernet é que Metcalfe e sua
equipe tomaram por base um sistema desenvolvido por um casal de
estudantes da universidade de Aloha, no Havaí. Utilizando um cabo
coaxial, eles interligaram computadores em duas ilhas para poder
conversar. O fato é que, antes de chamar-se Ethernet, a partir de 1973,
o sistema de Metcalfe tinha o nome de Alto Aloha Network. Ele mudou a
denominação, primeiramente para deixar claro que a Ethernet poderia
funcionar em qualquer computador e não apenas nas estações Xerox. E
também para reforçar a diferença em relação ao método de acesso CSMA
(Carrier Sense Multiple Access) do sistema Aloha. A palavra ether foi
uma referencia à propagação de ondas pelo espaço.
O sistema de
Metcalfe acrescentou duas letras, CD (de Collision Detection) à sigla
CSMA. Um detalhe importante, porque o recurso de detecção de colisão
impede que dois dispositivos acessem o mesmo nó de forma simultânea.
Assim, o sistema Ethernet verifica se a rede está livre para enviar a
mensagem. Se não estiver a mensagem fica numa fila de espera para ser
transmitida. A ethernet começou com uma banda de 2Mbps que permitia
conectar 100 estações em até 1 quilometro de cabo.
No inicio,
usava-se um cabo coaxial chamado yellow cable, de diâmetro avantajado.
A topologia era um desenho de barramento (algo parecido com um varal)
no qual o computador ia sendo pendurado. O conector desse sistema foi
apelidado de vampiro, porque “mordia” o cabo em pontos determinados.
Dali saia um cabo serial que se ligava à placa de rede. O yellow cable
podia ser instalado no teto ou no chão, conectado ao cabo menor.