Cabos
Cabos
O
projeto de cabeamento de uma rede, que faz parte do meio físico usado
para interligar computadores, é um fator de extrema importância para o
bom desempenho de uma rede. Esse projeto envolve aspectos sobre a taxa
de transmissão, largura de banda, facilidade de instalação, imunidade a
ruídos, confiabilidade, custos de interface, exigências geográficas,
conformidade com padrões internacionais e disponibilidades de
componentes.
O sistema de cabeamento determina a estabilidade de
uma rede. Pesquisas revelam que cerca de 80% dos problemas físicos
ocorridos atualmente em uma rede tem origem no cabeamento, afetando de
forma considerável a confiabilidade da mesma. O custo para a
implantação do cabeamento corresponde a aproximadamente 6% do custo
total de uma rede, mais 70% da manutenção de uma rede é direcionada aos
problemas oriundos do cabeamento.
Em matéria de cabos, os mais
utilizados são os cabos de par trançado, os cabos coaxiais e cabos de
fibra óptica. Cada categoria tem suas próprias vantagens e limitações,
sendo mais adequado para um tipo específico de rede.
Os cabos de par trançado são os mais usados pois tem um melhor custo
beneficio, ele pode ser comprado pronto em lojas de informática, ou
feito sob medida, ou ainda produzido pelo próprio usuário, e ainda são
10 vezes mais rápidos que os cabos coaxiais.
Os cabos coaxiais permitem que os dados sejam transmitidos através de
uma distância maior que a permitida pelos cabos de par trançado sem
blindagem (UTP), mas por outro, lado não são tão flexíveis e são mais
caros que eles. Outra desvantagem é que a maioria delas requerem o
barramento ISA, não encontradas nas Placas mães novas.
Os cabos de fibra óptica permitem transmissões de dados a velocidades
muito maiores e são completamente imunes a qualquer tipo de
interferência eletromagnética, porém, são muito mais caros e difíceis
de instalar, demandando equipamentos mais caros e mão de obra mais
especializada. Apesar da alta velocidade de transferência, as fibras
ainda não são uma boa opção para pequenas redes devido ao custo.
CABOS DE FIBRA ÓPTICASem
as fibras ópticas, a Internet e até o sistema telefônico que temos hoje
seriam inviáveis. Com a migração das tecnologias de rede para padrões
de maiores velocidades como ATM, Gigabit Ethernet e 10 Gigabit
Ethernet, o uso de fibras ópticas vem ganhando força também nas redes
locais. O produto começou a ser fabricado em 1978 e passou a substituir
os cabos coaxiais nos Estados Unidos na segunda metade dos anos 80. Em
1988, o primeiro cabo submarino de fibras ópticas mergulhou no oceano,
dando inicio a superestrada da informação. O físico indiano Narinder
Singh Kanpany é o inventor da fibra óptica, que passou a ter aplicações
praticas na década de 60 com o advento da criação de fontes de luz de
estado sólido, como o raio laser e o LED, diodo emissor de luz. Sua
origem, porem, data do século 19, com os primeiros estudos sobre os
efeitos da luz. Existem dois tipos de fibras ópticas: As fibras
multímodo e as monomodo. A escolha de um desses tipos dependera da
aplicação da fibra. As fibras multímodo são mais utilizadas em
aplicações de rede locais (LAN), enquanto as monomodo são mais
utilizadas para aplicações de rede de longa distancia (WAN). São mais
caras, mas também mais eficientes que as multímodo. Aqui no Brasil, a
utilização mais ampla da fibra óptica teve inicio ma segunda metade dos
anos 90, impulsionada pela implementação dos backbones das operadoras
de redes metropolitanas.
Em 1966, num comunicado dirigido à
Bristish Association for the Advancement of Science, os pesquisadores
K.C.Kao e G.A.Hockham da Inglaterra propuseram o uso de fibras de
vidro, e luz, em lugar de eletricidade e condutores de cobre na
transmissão de mensagens telefônicas.
Ao contrário dos cabos
coaxiais e de par trançado, que nada mais são do que fios de cobre que
transportam sinais elétricos, a fibra óptica transmite luz e por isso é
totalmente imune a qualquer tipo de interferência eletromagnética. Além
disso, como os cabos são feitos de plástico e fibra de vidro (ao invés
de metal), são resistentes à corrosão.
O cabo de fibra óptica é
formado por um núcleo extremamente fino de vidro, ou mesmo de um tipo
especial de plástico. Uma nova cobertura de fibra de vidro, bem mais
grossa envolve e protege o núcleo. Em seguida temos uma camada de
plástico protetora chamada de cladding, uma nova camada de isolamento e
finalmente uma capa externa chamada bainha:
A
transmissão de dados por fibra óptica é realizada pelo envio de um
sinal de luz codificado, dentro do domínio de freqüência do
infravermelho a uma velocidade de 10 a 15 MHz. As fontes de transmissão
de luz podem ser diodos emissores de luz (LED) ou lasers
semicondutores. O cabo óptico com transmissão de raio laser é o mais
eficiente em potência devido a sua espessura reduzida. Já os cabos com
diodos emissores de luz são muito baratos, além de serem mais
adaptáveis à temperatura ambiente e de terem um ciclo de vida maior que
o do laser.
O cabo de fibra óptica pode ser utilizado tanto em
ligações ponto a ponto quanto em ligações multímodo. A fibra óptica
permite a transmissão de muitos canais de informação de forma
simultânea pelo mesmo cabo. Utiliza, por isso, a técnica conhecida como
multiplexação onde cada sinal é transmitido numa freqüência ou num
intervalo de tempo diferente.
A fibra óptica tem inúmeras vantagens sobre os condutores de cobre, sendo as principais:
Maior alcance Maior velocidade Imunidade a interferências eletromagnéticas
O
custo do metro de cabo de fibra óptica não é elevado em comparação com
os cabos convencionais. Entretanto seus conectores são bastante caros,
assim como a mão de obra necessária para a sua montagem. A montagem
desses conectores, além de um curso de especialização, requer
instrumentos especiais, como microscópios, ferramentas especiais para
corte e polimento, medidores e outros aparelhos sofisticados.
Devido ao seu elevado custo, os cabos de fibras ópticas são usados apenas
quando é necessário atingir grandes distâncias em redes que permitem
segmentos de até 1 KM, enquanto alguns tipos de cabos especiais podem
conservar o sinal por até 5 KM (distâncias maiores são obtidas usando
repetidores).
Mesmo permitindo distâncias tão grandes, os cabos
de fibra óptica permitem taxas de transferências de até 155 mbps, sendo
especialmente úteis em ambientes que demandam uma grande transferência
de dados. Como não soltam faíscas, os cabos de fibra óptica são mais
seguros em ambientes onde existe perigo de incêndio ou explosões. E
para completar, o sinal transmitido através dos cabos de fibra é mais
difícil de interceptar, sendo os cabos mais seguros para transmissões
sigilosas. A seguir veremos os padrões mais comuns de redes usando
fibra ótica:
FDDI (Fiber Distributed Data Interface) FOIRL (Fiber- Optic InterRepeater Link) 10BaseFL 100BaseFX 1000BaseSX 1000BaseLXCABO COAXIALO
cabo coaxial foi o primeiro cabo disponível no mercado, e era até a
alguns anos atrás o meio de transmissão mais moderno que existia em
termos de transporte de dados, existem 4 tipos diferentes de cabos
coaxiais, chamados de 10Base5, 10Base2, RG-59/U e RG-62/U.
O
cabo 10Base5 é o mais antigo, usado geralmente em redes baseadas em
mainframes. Este cabo é muito grosso, tem cerca de 0.4 polegadas, ou
quase 1 cm de diâmetro e por isso é muito caro e difícil de instalar
devido à baixa flexibilidade. Outro tipo de cabo coaxial é o RG62/U,
usado em redes Arcnet. Temos também o cabo RG-59/U, usado na fiação de
antenas de TV.
Os cabos 10Base2, também chamados de cabos
coaxiais finos, ou cabos Thinnet, são os cabos coaxiais usados
atualmente em redes Ethernet, e por isso, são os cabos que você
receberá quando pedir por “cabos coaxiais de rede”. Seu diâmetro é de
apenas 0.18 polegadas, cerca de 4.7 milímetros, o que os torna
razoavelmente flexíveis.
Os cabos coaxiais são cabos
constituídos de 4 camadas: um condutor interno, o fio de cobre que
transmite os dados; uma camada isolante de plástico, chamada de
dielétrico que envolve o cabo interno; uma malha de metal que protege
as duas camadas internas e, finalmente, uma nova camada de
revestimento, chamada de jaqueta.
O
cabo Thin Ethernet deve formar uma linha que vai do primeiro ao último
PC da rede, sem formar desvios. Não é possível portanto formar
configurações nas quais o cabo forma um “Y”, ou que usem qualquer tipo
de derivação. Apenas o primeiro e o último micro do cabo devem utilizar
o terminador BNC.
O
Cabo 10base2 tem a vantagem de dispensar hubs, pois a ligação entre os
micros é feita através do conector “T”, mesmo assim o cabo coaxial caiu
em desuso devido às suas desvantagens:
Custo elevado
Instalação mais difícil e mais fragilidade
Se o terminador for retirado do cabo, toda a rede sai do ar.
Redes
formadas por cabos Thin Ethernet são de implementação um pouco
complicada. É preciso adquirir ou construir cabos com medidas de acordo
com a localização física dos PCs. Se um dos PCs for reinstalado em
outro local é preciso utilizar novos cabos, de acordo com as novas
distâncias entre os PCs. Pode ser preciso alterar duas ou mais seções
de cabo de acordo com a nova localização dos computadores. Além disso,
os cabos coaxiais são mais caros que os do tipo par trançado.
O “10” na sigla 10Base2, significa que os cabos podem transmitir dados
a uma velocidade de até 10 megabits por segundo, “Base” significa
“banda base” e se refere à distância máxima para que o sinal pode
percorrer através do cabo, no caso o “2” que teoricamente significaria
200 metros, mas que na prática é apenas um arredondamento, pois nos
cabos 10Base2 a distância máxima utilizável é de 185 metros.
Usando
cabos 10Base2, o comprimento do cabo que liga um micro ao outro deve
ser de no mínimo 50 centímetros, e o comprimento total do cabo (do
primeiro ao último micro) não pode superar os 185 metros. É permitido
ligar até 30 micros no mesmo cabo, pois acima disso, o grande número de
colisões de pacotes irá prejudicar o desempenho da rede, chegando a
ponto de praticamente impedir a comunicação entre os micros em casos
extremos.
CABO PAR TRANÇADOO
cabo par trançado surgiu com a necessidade de se ter cabos mais
flexíveis e com maior velocidade de transmissão, ele vem substituindo
os cabos coaxiais desde o início da década de 90. Hoje em dia é muito
raro alguém ainda utilizar cabos coaxiais em novas instalações de rede,
apesar do custo adicional decorrente da utilização de hubs e outros
concentradores. O custo do cabo é mais baixo, e a instalação é mais
simples.
O nome “par trançado” é muito conveniente, pois estes
cabos são constituídos justamente por 4 pares de cabos entrelaçados. Os
cabos coaxiais usam uma malha de metal que protege o cabo de dados
contra interferências externas; os cabos de par trançado por sua vez,
usam um tipo de proteção mais sutil: o entrelaçamento dos cabos cria um
campo eletromagnético que oferece uma razoável proteção contra
interferências externas.
Existem
basicamente dois tipos de cabo par trançad Os Cabos sem blindagem
chamados de UTP (Unshielded Twisted Pair) e os blindados conhecidos
como STP (Shielded Twisted Pair). A única diferença entre eles é que os
cabos blindados além de contarem com a proteção do entrelaçamento dos
fios, possuem uma blindagem externa (assim como os cabos coaxiais),
sendo mais adequados a ambientes com fortes fontes de interferências,
como grandes motores elétricos e estações de rádio que estejam muito
próximas. Outras fontes menores de interferências são as lâmpadas
fluorescentes (principalmente lâmpadas cansadas que ficam piscando),
cabos elétricos quando colocados lado a lado com os cabos de rede e
mesmo telefones celulares muito próximos dos cabos.
Na
realidade o par trançado sem blindagem possui uma ótima proteção contra
ruídos, só que usando uma técnica de cancelamento e não através de uma
blindagem. Através dessa técnica, as informações circulam repetidas em
dois fios, sendo que no segundo fio a informação possui a polaridade
invertida. Todo fio produz um campo eletromagnético ao seu redor quando
um dado é transmitido. Se esse campo for forte o suficiente, ele irá
corromper os dados que estejam circulando no fio ao lado (isto é, gera
Ruído). Em inglês esse problema é conhecido como cross-talk.
A
direção desse campo eletromagnético depende do sentido da corrente que
esta circulando no fio, isto é, se é positiva ou então negativa. No
esquema usado pelo par trançado, como cada par transmite a mesma
informação só que com a polaridade invertida, cada fio gera um campo
eletromagnético de mesma intensidade mas em sentido contrario. Com
isso, o campo eletromagnético gerado por um dos fios é anulado pelo
campo eletromagnético gerado pelo outro fio.
Além
disso, como a informação é transmitida duplicada, o receptor pode
facilmente verificar se ela chegou ou não corrompida. Tudo o que
circula em um dos fios deve existir no outro fio com intensidade igual,
só que com a polaridade invertida. Com isso, aquilo que for diferente
nos dois sinais é ruído e o receptor tem como facilmente identificá-lo
e eliminá-lo.
Quanto maior for o nível de interferência, menor
será o desempenho da rede, menor será a distância que poderá ser usada
entre os micros e mais vantajosa será a instalação de cabos blindados.
Em ambientes normais porém os cabos sem blindagem costumam funcionar
bem.
Existem no total, 5 categorias de cabos de par trançado. Em
todas as categorias a distância máxima permitida é de 100 metros. O que
muda é a taxa máxima de transferência de dados e o nível de imunidade a
interferências. Os cabos de categoria 5 que tem a grande vantagem sobre
os outros 4 que é a taxa de transferência que pode chegar até 100 mbps,
e são praticamente os únicos que ainda podem ser encontrados à venda,
mas em caso de dúvida basta checas as inscrições no cabo, entre elas está a categoria do cabo, como na foto abaixo:
A utilização do cabo de par trançado tem suas vantagens e desvantagens, vejamos as principais:
Vantagens:
-->
Preço. Mesma com a obrigação da utilização de outros equipamentos na rede, a relação custo beneficia se torna positiva.
-->
Flexibilidade. Como ele é bastante flexível, ele pode ser facilmente passado por dentro de conduítes embutidos em paredes.
-->
Facilidade.
A facilidade com que se pode adquirir os cabos, pois em qualquer loja
de informática existe esse cabo para venda, ou até mesmo para o próprio
usuário confeccionar os cabos.
-->
Velocidade. Atualmente esse cabo trabalha com uma taxa de transferência de 100 Mbps.
Desvantagens
-->
Comprimento. Sua principal desvantagem é o limite de comprimento do cabo que é de aproximadamente 100 por trecho.
-->
Interferência. A sua baixa imunidade à interferência eletromagnética, sendo fator preocupante em ambientes industriais.
No
cabo de par trançado tradicional existem quatro pares de fio. Dois
deles não são utilizados pois os outros dois pares, um é utilizado para
a transmissão de dados (TD) e outro para a recepção de dados (RD).
Entre os fios de números 1 e 2 (chamados de TD+ e TD– ) a placa envia o
sinal de transmissão de dados, e entre os fios de números 3 e 6
(chamados de RD+ e RD– ) a placa recebe os dados. Nos hubs e switches,
os papéis desses pinos são invertidos. A transmissão é feita pelos
pinos 3 e 6, e a recepção é feita pelos pinos 1 e 2. Em outras
palavras, o transmissor da placa de rede é ligado no receptor do hub ou
switch, e vice-versa.
(ALERT)
Um cuidado importante a ser tomado é que sistemas de telefonia utilizam
cabos do tipo par trançado, só que este tipo de cabo não serve para
redes locais.
Como confeccionar os CabosA
montagem do cabo par trançado é relativamente simples. Além do cabo,
você precisará de um conector RJ-45 de pressão para cada extremidade do
cabo e de um alicate de pressão para conectores RJ-45 também chamado de
Alicate crimpador. Tome cuidado, pois existe um modelo que é usado para
conectores RJ-11, que têm 4 contatos e são usados para conexões
telefônicas
Assim
como ocorre com o cabo coaxial, fica muito difícil passar o cabo por
conduítes e por estruturas usadas para ocultar o cabo depois que os
plugues RJ-45 estão instalados. Por isso, passe o cabo primeiro antes
de instalar os plugues. Corte o cabo no comprimento desejado. Lembre de
deixar uma folga de alguns centímetros, já que o micro poderá
posteriormente precisar mudar de lugar além disso você poderá errar na
hora de instalar o plugue RJ-45, fazendo com que você precise cortar
alguns poucos centímetros do cabo para instalar novamente outro plugue.
Para
quem vai utilizar apenas alguns poucos cabos, vale a pena comprá-los
prontos. Para quem vai precisar de muitos cabos, ou para quem vai
trabalhar com instalação e manutenção de redes, vale a pena ter os
recursos necessários para construir cabos. Devem ser comprados os
conectores RJ-45, algumas um rolo de cabo, um alicate para fixação do
conector e um testador de cabos. Não vale a pena economizar comprando
conectores e cabos baratos, comprometendo a confiabilidade.
O
alicate possui duas lâminas e uma fenda para o conector. A lâmina
indicada com (1) é usada para cortar o fio. A lâmina (2) serve para
desencapar a extremidade do cabo, deixando os quatro pares expostos. A
fenda central serve para prender o cabo no conector.
(1): Lâmina para corte do fio
(2): Lâmina para desencapar o fio
(3): Fenda para crimpar o conector
Corte
a ponta do cabo com a parte (2) do alicate do tamanho que você vai
precisar, desencape (A lâmina deve cortar superficialmente a capa
plástica, porém sem atingir os fios) utilizando a parte (1) do alicate
aproximadamente 2 cm do cabo. Pois o que protege os cabos contra as
interferências externas são justamente as tranças. À parte destrançada
que entra no conector é o ponto fraco do cabo, onde ele é mais
vulnerável a todo tipo de interferência Remova somente a proteção
externa do cabo, não desencape os fios.
Identifique os fios do cabo com as seguintes cores:
Branco com verdeVerdeBranco com laranjaLaranjaBranco com azulAzulBranco com marromMarrom Desenrole
os fios que ficaram para fora do cabo, ou seja, deixe-os “retos” e não
trançados na ordem acima citada, como mostra a figura abaixo
Corte
os fios com a parte (1) do alicate em aproximadamente 1,5cm do
invólucro do cabo.Observe que no conector RJ-45 que para cada pino
existe um pequeno “tubo” onde o fio deve ser inserido. Insira cada fio
em seu “tubo”, até que atinja o final do conector. Lembrando que não é
necessário desencapar o fio, pois isto ao invés de ajudar, serviria
apenas para causar mau contato, deixado o encaixe com os pinos do
conector “folgado”.
Ao
terminar de inserir os fios no conector RJ-45, basta inserir o conector
na parte (3) do alicate e pressioná-lo. A função do alicate neste
momento é fornecer pressão suficiente para que os pinos do conector
RJ-45, que internamente possuem a forma de lâminas, esmaguem os fios do
cabo, alcançando o fio de cobre e criando o contato, ao mesmo tempo,
uma parte do conector irá prender com força a parte do cabo que está
com a capa plástica externa. O cabo ficará definitivamente fixo no
conector.
Após pressionar o alicate, remova o conector do
alicate e verifique se o cabo ficou bom, par isso puxe o cabo para ver
se não há nenhum fio que ficou solto ou folgado.
Uma dica que
ajuda bastante e a utilização das borrachas protetoras dos conectores
RJ-45 pois o uso desses traz vários benefícios com facilita a
identificação do cabo com o uso de cores diferentes, mantém o conector
mais limpo, aumenta a durabilidade do conector nas operações de encaixe
e desencaixe, dá ao cabo um acabamento profissional.
Montar
um cabo de rede com esses protetores é fácil. Cada protetor deve ser
instalado no cabo antes do respectivo conector RJ-45. Depois que o
conector é instalado, ajuste o protetor ao conector.
TESTAR O CABOPara
testar o cabo é muito fácil utilizando os testadores de cabos
disponíveis no mercado. Normalmente esses testadores são compostos de
duas unidades independentes. A vantagem disso é que o cabo pode ser
testado no próprio local onde fica instalado, muitas vezes com as
extremidades localizadas em recintos diferentes. Chamaremos os dois
componentes do testador: um de testador e o outro de terminador. Uma
das extremidades do cabo deve ser ligada ao testador, no qual
pressionamos o botão ON/OFF. O terminador deve ser levado até o local
onde está a outra extremidade do cabo, e nele encaixamos o outro
conector RJ-45.
Uma
vez estando pressionado o botão ON/OFF no testador, um LED irá piscar.
No terminador, quatro LEDs piscarão em seqüência, indicando que cada um
dos quatro pares está corretamente ligado. Observe que este testador
não é capaz de distinguir ligações erradas quando são feitas de forma
idêntica nas duas extremidades. Por exemplo, se os fios azul e verde
forem ligados em posições invertidas em ambas as extremidades do cabo,
o terminador apresentará os LEDs piscando na seqüência normal. Cabe ao
usuário ou técnico que monta o cabo, conferir se os fios em cada
conector estão ligados nas posições corretas.
Para quem faz
instalações de redes com freqüência, é conveniente adquirir testadores
de cabos, lojas especializadas em equipamentos para redes fornecem
cabos, conectores, o alicate e os testadores de cabos, além de vários
outros equipamentos. Mais se você quer apenas fazer um cabo para sua
rede, existe um teste simples para saber se o cabo foi crimpado
corretamente: basta conectar o cabo à placa de rede do micro e ao hub.
Tanto o LED da placa quanto o do hub deverão acender. Naturalmente,
tanto o micro quanto o hub deverão estar ligados.
Não fique
chateado se não conseguir na primeira vez, pois a experiência mostra
que para chegar à perfeição é preciso muita prática, e até lá é comum
estragar muitos conectores. Para minimizar os estragos, faça a
crimpagem apenas quando perceber que os oito fios chegaram até o final
do conector. Não fixe o conector se perceber que alguns fios estão
parcialmente encaixados. Se isso acontecer, tente empurrar mais os fios
para que encaixem até o fim. Se não conseguir, retire o cabo do
conector, realinhe os oito fios e faça o encaixe novamente.